A mente humana é uma verdadeira incógnita. Certas situações criminosas marcam pelo comportamento inusitado, não só pela violência atroz, mas pela conduta provocativa do criminoso, que deixa pistas, envia bilhetes e cartas, buscando instigar as autoridades, em um verdadeiro jogo de "gato e rato". A provocação parece ser uma tentativa de demonstração de poder e superioridade, mas, ao mesmo tempo, pode revelar uma vontade inconsciente do criminoso em ser pego por seus atos. Em 1888, Jack, o Estripador, um dos criminosos mais famosos da história, escreveu uma carta macabra ao investigador George Lusk, que capitaneava as investigações dos "Crimes de Whitechapel". O mais assustador é que, com a carta, foi entregue uma caixa contendo um rim humano pela metade, embebido em vinho. A carta, com o título "From Hell" (Do Inferno), de gramática e ortografia rudimentares, bem revela a frieza de Jack, o Estripador: A carta foi traduzida no livro Cartas Extraordinárias, organizado por Shaun Usher, com a adaptação dos erros ortográficos e gramaticais: Do Inferno Sr. Lusk, Sinhor Envio para o sinhor metade do rim que tirei de uma mulier e gardei para o sinhor. A outra parte eu fritei e comi estava muito gostoso. Posso li mandar a faca suja de sangue com que tirei ele se o sinhor esperar um pouquinho mais. assinado Mi prenda quando puder Mishter Lusk A metade do rim enviado por Jack era de uma de suas vítimas: Catherine Edowes. Jack, o Estripador provocava as autoridades, deixava pistas, escrevia cartas macabras, mas nunca foi descoberto! André Pontarolli Advogado Criminal
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