O Natal é, para muitos, independente de religião ou crença, um momento de expressão do amor, de comemoração, de renascimento! Nasceu com o Cristo a mensagem de amor ao próximo, de respeito ao outro, de evitação de julgamentos morais apressados! O Natal é, outrossim, oportunidade de refletirmos sobre o vício pelo Poder, amparado em discursos de ódio, perfeitamente personificado na figura do Rei Herodes. Quando soube da profecia de que teria nascido um novo "Rei dos Judeus", Herodes tentou de tudo para encontrar o bebê, a fim de matá-lo! Não conseguiu! Então fez pior: determinou que fossem mortos todos os meninos com menos de dois anos de idade! Crianças indefesas, inimigos ocasionais e meramente potenciais de um poder insano! Vale aqui registrar fragmento da história (Mateus, 2): Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: "Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo". Quando o rei Herodes ouviu isso, ficou perturbado, e com ele toda a Jerusalém. Tendo reunido todos os chefes dos sacerdotes do povo e os mestres da lei, perguntou-lhes onde deveria nascer o Cristo. E eles responderam: "Em Belém da Judéia; pois assim escreveu o profeta: ‘Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo’ ". Então Herodes chamou os magos secretamente e informou-se com eles a respeito do tempo exato em que a estrela tinha aparecido. Enviou-os a Belém e disse: "Vão informar-se com exatidão sobre o menino. Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo". Depois de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no Oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o menino. Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de júbilo. Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra. E, tendo sido advertidos em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram a sua terra por outro caminho. Depois que partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e disse-lhe: "Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga, pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo". Então ele se levantou, tomou o menino e sua mãe durante a noite, e partiu para o Egito, onde ficou até a morte de Herodes. E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: "Do Egito chamei o meu filho". Quando Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos, ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades, de acordo com a informação que havia obtido dos magos. Então se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias: "Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação; é Raquel que chora por seus filhos e recusa ser consolada, porque já não existem". Que o Natal sirva à reflexão: Quantos Herodes existem por aí? Quantos se calam diante dos mais absurdos discursos de ódio? Quantas crianças são vítimas de guerras ridículas pelo poder? Um Feliz Natal a todos! Que o amor prevaleça sobre o ódio! André Pontarolli Coordenador Geral da Sala de Aula Criminal
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